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terça-feira, 21 de maio de 2013

LABIRINTO SECO





LABIRINTO SECO

Labirinto seco sem mais jardim,
Só sobraram os galhos secos e os espinhos,
Que ferem o pouco que resta de mim,
Não vejo mais saídas nem caminhos,
Sentada aguardo que a seca chegue ao fim,
As folhas secas cobriram meu corpo,
Do labirinto já faço parte, triste assim...
Rastejo-me por cima do ressequido,
Ainda que lentamente sem vigor,
Apenas um monte de resto esquecido,
Que ainda procura  se repor,
Tentando escapar todo ferido,
Do labirinto que o aprisionou.
Que os ventos do outono levem todas as folhas,
Aguardo novas chuvas de verão,
Que me permitam novas escolhas,
Não me importa mais em que estação,
Mas me retirem deste labirinto,
Estou aguardando minha libertação.
Nem sou pó nem tão pouco resto,
Sou alma viva e coração.

HEIDY

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